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Mostrando postagens de maio, 2017

CINOMOSE

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A partir de 1930, a cinomose passou a ser conhecida em suas formas clínicas e etiológicas. Na primeira metade do século XX, a cinomose foi considerada uma das doenças mais comuns em cães de todo o mundo. Durante séculos, as infecções pelo Morbilivirus , gênero ao qual pertence o vírus da cinomose, têm tido imenso impacto na vida de humanos e animais. Entre os carnívoros, o vírus da cinomose causa sérias enfermidades em várias espécies, selvagens e domésticas. Mesmo sendo controlada com vacinação em cães domésticos e animais de cativeiro, a cinomose é uma doença de difícil erradicação. Em regiões endêmicas, como no Brasil, é crescente o número de mortes de cães vítimas de cinomose. Além disso, a cinomose tem sido considerada como re-emergente em países onde já esteve controlada. Embora a vacinação seja amplamente utilizada, e a cinomose encontre-se controlada, casos esporádicos ainda ocorrem, e um grande número de mutações é encontrado no vírus, tornando futuras transmissões i

ESPOROTRICOSE

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A esporotricose é uma micose subcutânea causada por um fungo dimórfico que fica sob a forma de hifas ou micelial no ambiente e,  no tecido dos mamíferos, sob a forma de levedura. Durante muito tempo somente a espécie Sporothrix schenckii foi descrita como causadora de esporotricose; porém, outras espécies foram descobertas, e hoje é mais aceito que a esporotricose é causada pelo complexo Sporothrix schenckii , do qual fazem parte: Sporothrix brasiliensis Sporothrix globosa Sporothrix luriei Sporothrix mexicana Sporothrix schenckii estrito sensu A esporotricose é uma doença cosmopolita. América latina, África do Sul, Índia e Japão possuem áreas de endemias. No Brasil, a doença já foi descrita em vários estados; porém, o Rio de Janeiro tem vivenciado uma epidemia, e algumas espécies de  Sporothrix foram isoladas. O  Sporothrix brasiliensis foi diagnosticado em 90% dos casos, enquanto o  Sporothrix schenkii oi descrito em 6% dos casos; além deles, também for

MALASSEZIOSE

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 Malassézia é um gênero de fungos leveduriformes, que são componentes da microbiota normal da pele de humanos e animais. Atualmente, são reconhecidas aproximadamente 14 espécies de malassézia, cada uma delas com hospedeiros específicos; porém, na pele de cães e gatos, somente um pequeno grupo tem sido isolado. A Malassezia pachydermatis é a espécie mais importante em cães, podendo gerar infecções generalizadas caracterizadas principalmente por lignificação, prurido, eritema e, em casos crônicos, hiperpigmentação. Nos gatos, as infecções generalizadas são raras, mas não inexistentes. Na prática, os quadros de malasseziose podem ser divididos em duas categorias: lesões agudas e crônicas. Nos quadros agudos da malasseziose, na maior parte das vezes, são observados principalmente prurido, eritema e odor. As lesões geralmente surgem nas regiões interdigitais, perianal e ventral, bem como nas dobras da face. Eritema e alopecia - Fase aguda da malasseziose Nos quadros

CLAMIDIOSE FELINA

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A clamidiose felina é a afecção mais associada a quadros de conjuntivite nos gatos(particularmente a crônica), sendo o seu agente etiológico isolado em mais de 30% dos animais que apresentam oftalmopatias. É caraterizada por intensa inflamação e secreção ocular. ETIOLOGIA A Chlamydophila felis é uma bactéria cocoide, intracelular obrigatória e gram-negativa, muito prevalente em colônias e abrigos de alta densidade de gatos, particularmente criatórios de raças puras(gatis). Os animais acometidos são, na maioria, gatos jovens, particularmente com idade abaixo de 1 ano. A transmissão de anticorpos pelo colostro protege os filhotes entre o primeiro e o segundo mês de vida. A duração da imunidade natural ou vacinal ainda é incerta, mas há relatos de que gatos previamente infectados são vulneráveis à reinfecção após um ano ou mais. FISIOPATOGENIA A Chlamydophila felis não sobrevive no meio externo ao hospedeiro, portanto a transmissão requer contato direto entre font

ERLIQUIOSE MONOCÍTICA CANINA (EMC) -"DOENÇA DO CARRAPATO"

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As erliquioses consistem em um grupo de doenças transmitidas por carrapatos e causadas por bactérias do gênero Ehrlichia(Ehrlichia ewingii, Ehrlichia canis, Ehrlichia chaffeensis). Desses agentes, apenas a E. canis , responsável pela erliquiose monocítica, tem relevância no Brasil por causa do vetor envolvido na sua transmissão. A EMC é uma afecção cosmopolita, porém mais prevalente em regiões de clima quente, principalmente em regiões tropicais e subtropicais, sendo considerada uma das mais importantes doenças infecciosas transmitidas por vetor para os cães da atualidade, devendo sempre ser considerada quando do histórico de parasitismo por carrapatos ou da ausência de mecanismos profiláticos contra os ectoparasitas. Apesar de todas as descobertas e os progressos científicos das últimas décadas, a EMC ainda é um grande desafio ao clínico, gerando importantes taxas de morbidade e mortalidade nos animais acometidos. ETIOLOGIA O agente etiológico da EMC é a E. canis , uma bact